O Procon-SP notificou diversas empresas financeiras, entre bancos e demais instituições, solicitando explicações sobre o golpe do boleto. A notificação foi feita em razão do aumento das ocorrências do crime virtual, que voltou repaginado e usa informações coletadas em megavazamentos de dados ocorridos recentemente.

As empresas notificadas são: Banco do Brasil, Bradesco, CEF, Itaú, Santander, Nubank, Banco Pan, Banco Inter, BMG, Neon Pagamentos S/A, C6 Bank, além da própria Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Também foram notificadas a Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) e o Conselho de Ética e Autorregulação da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS).

As empresas deverão apresentar informações ao Procon-SP sobre quais mecanismos de segurança elas disponibilizam para que o consumidor possa consultar a autenticidade dos boletos. Além disso, o órgão de defesa do consumidor questiona quais outras medidas e planos de ação vêm sendo adotados para coibir a prática.

O Procon-SP também solicita informações sobre que medidas são adotadas para cada caso de forma individualizada e coletiva quando da identificação e notícia da fraude. As empresas têm 72 horas, a contar do dia de amanhã (8/9), para responderem aos questionamentos do Procon-SP.

O golpe do boleto

Usando dados de cerca de 13 mil documentos vazados na internet (que atingiu 227 milhões de brasileiros, entre pessoas vivas e mortas), os golpistas enviam mensagens de celular e e-mails para potenciais vítimas. No conteúdo, há ofertas de acordos de renegociação de dívidas e até de pagamento de faturas de cartão de crédito, além de links para downloads e acesso a sites falsos.

 

Os criminosos informam dados pessoais como nome completo, CPF e número de telefone da vítima, para dar ares de autenticidade às mensagens. Ao fazer o pagamento do boleto, a pessoa não paga sua suposta dívida ou fatura do cartão, mas envia dinheiro para as contas dos criminosos.

Para não cair nessa

Uma das formas mais simples de não cair no golpe do boleto é conferir as informações do beneficiário no documento, ou seja, quem vai receber o pagamento. Você precisa verificar dados como CPF e CNPJ, além da data de vencimento e o valor da cobrança.

 

Também é importante verificar os três primeiros números do boleto bancário, conferindo se de fato correspondem ao código do banco. Você pode confirmar se esses números são os corretos acessando o site Busca Banco, da Febraban.

Verifique também se há boletos no DDA (Débito Direto Autorizado) em sua conta bancária e mantenha sempre seu antivírus atualizado, assim como o firewall ativo. E claro, evite sempre clicar em links desconhecidos ou suspeitos que chegam por mensagens ou e-mails.